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Filme sobre qualidade de Vida - TED Palestras

A Vacinação salva vidas: um breve resumo

Simply put: Vaccination saves lives

Walter A. Orenstein and Rafi Ahmed

PNAS April 18, 2017. 114 (16) 4031-4033; published ahead of print April 10, 2017. https://doi.org/10.1073/pnas.1704507114

 

Poucas medidas dentro da saúde pública podem ser comparadas com o impacto que as vacinas possuem. A vacinação tem reduzido taxas de mortalidade por infecção de uma variedade de doenças.

Nos Estados Unidos, doenças como a varíola e a rubéola congênita foram reduzidas, com as medidas tomadas para imunização, a uma taxa de mais de 90% em alguns casos, quando não erradicadas.

De acordo com o PNAS, (Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America) um dos maiores jornais científicos do mundo com mais de 3000 artigos publicados anualmente, as vacinas ajudam também pelo lado econômico.

A medicina americana conseguiu se beneficiar na casa dos U$69 bilhões de dólares, em pesquisa realizada desde 2010. A estrutura de prevenção desde o início da década até agora, rendeu uma economia de mais de meio bilhão de dólares para o sistema de saúde estadunidense. Daí percebe-se os valores altos.

A varíola, é bom lembrar, foi erradicada por meio de vacina. E a Poliomielite está em vias de tomar o mesmo caminho.

Sobre a PNAS

Estabelecida em 1914, o jornal publica pesquisa de vanguarda, notícias científicas, perspectivas, entre outras coisas. Metade da comunidade científica mundial possui publicações no jornal. A outra metade é liderada pelos Estados Unidos.

A PNAS esforça-se para publicar conteúdo da científico de alta qualidade e os artigos passam por uma rigorosa análise antes de serem publicadas.

Vacinação e Comunidade

As vacinas têm a capacidade de agirem dentro de uma comunidade como agente de prevenção do contágio. A Infecção de pessoa para pessoa se espalha quando um indivíduo suscetível tem contato com doença. O contrário não é verdadeiro. Se a doença encontra comunidades imunizadas, então ela não se espalha além do que se é controlável.

Ou seja, o controle da doença é vital numa comunidade de indivíduos não imunizados por vacina.

Interessante perceber, igualmente, que essa cadeia de contágio de pessoa para pessoa, mesmo não se obtendo uma taxa de 100% imunidade pode ser interrompida. Casos transmissores não possuem contatos infinitos. A medicina se refere a isso como ‘’imunização por comunidade’’. Daí vem a importância que a vacina tem para salvar vidas, especialmente hoje, quando novas tecnologias e recursos estão surgindo para auxiliar a medicina no combate às enfermidades.

Histórico e Conclusão

As vacinas são, portanto, uma das formas mais efetivas e menos custosas de prevenção.

É importante também que as campanhas de vacinação sejam bem estruturadas para dirimir casos de informações mal divulgadas ou desinformação das pessoas.

Curiosamente as vacinas, através da história, demonstram certa resistência por parte da sociedade.

A revolta da vacina é um exemplo. Ocorrida no Brasil em 1904, na cidade do Rio de Janeiro, contra a obrigatoriedade da vacina para a varíola. Conduzida de forma despótica e arbitrária, embora bem intencionada, não foi bem recebida pela população na época.

As pesquisas vêm avançando para produção de vacinas contra doenças mais conhecidas e outras que necessitam de mais atenção. A Aids é um exemplo promissor. Em artigo da BBC no link https://www.bbc.com/portuguese/geral-44748777, frisando e filtrando os resultados com cautela e clareza, uma esperança de Vacina pode ser vislumbrada num futuro próximo (fonte: BBC Brasil com adaptações).

QUALIDADE DE VIDA

De uma vida útil a uma vida saudável e sem doenças / Doutor S. Jay Olshansky (Com adaptações)

Na Virada do século XIX para o XX a expectativa de vida era de cerca de 50 anos para a maioria dos países desenvolvidos. Com as mulheres vivendo mais do que os homens.

Para se ter ideia, apenas nos Estados Unidos, em 1900, 22% dos indivíduos nascidos no mesmo ano não completaram 10 anos de idade. Basicamente por doenças infecciosas. Para os que conseguiram superar esta barreira, as doenças que hoje estão presentes com o avanço da idade ocorriam, mas eram muito menos frequentes.

Uma das causas do aumento da expectativa de vida do indivíduo no século passado foi ao avanço do saneamento básico. Já na primeira metade do século XX, a mudança gerou uma nova configuração da mortalidade na sociedade. Dos mais novos, para os mais velhos.

O aumento da expectativa de vida das idades consideradas médias, ou não idosos, passou a demonstrar que os mais velhos tiveram um impacto positivo  e significativo em sua longevidade. 96% dos nascidos em países considerados desenvolvidos viverão hoje até os 50 anos ou mais. Mais de 85% superarão a marca dos 65 anos e cerca de 77% das mortes ocorrerão entre as idades de 65 a 95 anos. Uma mudança mais do que radical.

Pode-se dizer, e peguemos os EUA novamente como parâmetro, que a sua população e parte da humanidade conseguiu a chamada revolução da longevidade. Um aumento de 30 anos de expectativa de vida no decorrer de um século é uma realização sem precedentes.

Os limites da vida útil e o desacelerar da melhora na expectativa de vida

Em relação à expectativa de vida, um trabalho realizado pelo doutor S. Jay Olshansky, PHD, e membro da Universidade de Illinois em Chicago nos Estados Unidos, aponta para especialistas que afirmam que, se o platô da expectativa de vida continuar numa tendência de elevação, as idades dos seres humanos podem chegar a 115, e até a 122 anos. Considerando, claro, que seria uma pequena porção da população.

 

Por outro lado, uma visão oposta a este pensamento, desenvolvida em 1990, sugere que expectativa de vida irá desacelerar porque os ganhos substanciais já foram alcançados. Qualquer aumento na expectativa de vida está sujeito às taxas de mortalidade em idades avançadas aumentarem proporcionalmente. É como causa e consequência. Levando-se em conta, claro, que muitos elementos do corpo humano não foram criados para terem uma longevidade duradoura, como o coração, cérebro, joelhos, etc.

Outras visões do futuro alertam para o fato de que as discussões historicamente reconhecidas sobre o aumento da expectava de vida continuarão, no mínimo indefinidas e embasadas como regras capitais nas décadas que virão, devido à velocidade no avanço da medicina e a melhora na qualidade de vida dos indivíduos.

Entretanto uma corrente, ainda mais pessimista, diga-se de passagem, acredita que os cenários de grande longevidade e que se mantenham estáveis, ainda é um tanto utópico ou exagerado.

Na verdade, uma nova tendência emergiu nos países desenvolvidos indicando que a mortalidade, conjuntamente com suas maiores causas, aumentou, e a expectativa de vida parou num estágio de ascendência estéril.

 

Lados opostos? envelhecimento Biológico e diminuição na expectativa de vida

Envelhecemos hoje mais tarde. Exemplo. Uma vez que passamos da idade de 65 anos com saúde, dentro de um determinado País, a expectativa de vida vai decrescer não importando o aumento da qualidade de vida e os avanços na medicina.

O que se pode perceber, biologicamente falando é que a expectativa de vida humana foi excedida. Chegou ao limite. Há boa razão para crer que a natureza é implacável conosco, seres humanos. O objetivo da extensão da vida foi alcançado.

Um fato curioso. A medicina se encontra num dilema. Ao mesmo tempo em que busca de forma incansável o prolongamento da vida, não pensa em suas consequências, nem num caminho mais pragmático de alcançar esse objetivo. Pode-se dizer que os fins justificam os meios porque os retornos seriam extraordinários. O foco da medicina moderna está relacionado com as doenças crônicas e fatais que afetam os indivíduos. Como o exemplo do século passado e a pesquisa das doenças infecciosas. Se a repetição do passado prevalece como tendência, como explorar núcleos negligenciados, como a genética (até mesmo por questões éticas).

O sucesso tem sido relativo. O Problema, e aqui está o paradoxo, é que quanto mais a pessoa vive, mais estará exposta ao risco de doenças relacionadas com o aumento da idade e do envelhecimento. Quanto mais a população vive, mais o fator biológico age como condutor primário de risco para qualidade de vida e sua duração. A intervenção médica comum nesse ponto torna-se cada mais difícil. As doenças ficam mais resistentes. É uma proporção inversa.

 

O fenômeno da “competição de riscos”

O que seria isso? Infelizmente, como a morte é inevitável, a tentativa de frear as doenças relacionadas com o aumento da idade criam esse fenômeno. Quando o risco de morte de uma doença decai, outra torna-se mais aparente e com um aumento significativo. Se assemelha com uma gangorra, mas com o nosso organismo como Playground. O grande problema nem é tanto a substituição de uma ameaça por outra, mas a descoberta de que a nova doença é muito mais debilitante.

Por exemplo, encontrar a cura do câncer pode provocar uma não intencional taxa de aumento da doença de Alzheimer.

A conclusão que o Doutor S. Jay Olshansky chega por essas observações, em termos leigos, é que a medicina precisa ter como objetivo primário o aumento da expectativa de vida na terceira idade (acima de 65 anos) apesar de saber-se, como foi dito, que essa idade é o ponto de partida para maiores problemas de saúde. O que seria muito mais fundamental é o aumento na extensão da qualidade de vida de cada indivíduo.

 

A primeira revolução da saúde

É um termo utilizado para a implementação de uma política pública de saúde de alta prevenção das doenças. Para que que a expectativa de vida aumente, os efeitos dos males que afligem o ser humano, com o passar da idade vão aumentar proporcionalmente. A tecnologia médica de ponta, biotecnologia e pesquisas aprofundadas das doenças mais comuns devem ser o meio mais efetivo e objetivo final para o benefício da humanidade. Alguém pensou em pragmatismo?!

A prevenção precisa se tornar uma realidade mais palpável, pois seu custo de é sensivelmente menor que o tratamento de doenças já contraídas.

Essa nova revolução visa a melhora da qualidade de vida das doenças do envelhecimento também e como foi dito, melhorar os gastos com tratamentos. Esse esforço pode ser chamado gerociência ou iniciativa de longevidade com dividendos. Testes já começaram a ser realizados nos Estados Unidos em 2019, com fundos sendo recolhidos para pesquisa.

 

Conclusão

Claro que é preciso reconhecer os ganhos na expectativa de vida dos indivíduos realizados pela medicina. Os esforços agora deveriam ter seu foco nos objetivos mais pragmáticos para melhora e extensão da qualidade de vida do ser humano.

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