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Medicina Preventiva

Entrevista com Dr. Renan Lins Alves da Cunha

 

Dr. Renan é Cardiologista, especialista em Medicina Preventiva. Também é Presidente da Abrampas DF (Associação Brasiliense de Medicina Preventiva e Administração em Saúde), da SBGP (Sociedade Brasileira de Geriatria Preventiva) e do IBRAGE (Instituto Brasileiro de Geriatria Preventiva).

Dr. Renan nos cedeu entrevista acerca de temas absolutamente fundamentais para saúde e bem estar do ser humano. Nela, ele nos fala, entre outros assuntos, sobre a Medicina Preventiva, particularmente sobre como os exercícios físicos e como estes podem ajudar na prevenção das doenças do coração, quais os exercícios mais indicados para as pessoas com problemas cardíacos e quais exercícios seriam benéficos para um tratamento adequado. Aborda também os problemas cardiovasculares e prevenção em termos de saúde, e nos fala brevemente sobre o crescimento da Diabetes no mundo.

Abrampas DF: Dr. Renan, qual prática esportiva faz bem para o coração?

As práticas esportivas mais recomendadas são a atividade aeróbica, como a corrida, a natação. O tênis também é um exemplo, bem como os esportes de movimento, que movimentam a respiração. Veja bem, O coração fica condicionado com sua aceleração constante. É bom ressaltar a musculação, que também é importante para manter a musculatura em atividade, o tônus postural e a força.

 

Abrampas DF: Qualquer pessoa pode fazer atividade física? Quais os cuidados com o coração na hora de se exercitar?

Sim, qualquer pessoa deve fazer atividade física. Porém, temos de separar a atividade física do Esporte competitivo. Este exige altas performances físicas e só deve ser praticado depois dos 15 anos, quando o esqueleto humano já está desenvolvido. Já a atividade física simples, sem ser extremamente exaustiva e cansativa pode ser feita em qualquer idade. Mesmo as crianças podem se exercitar. O exercício físico é benéfico para qualquer pessoa e é a sua intensidade que é variável, dependendo de sua idade e de suas condições físicas. Evidentemente, se você tem uma artrose, se você teve uma hérnia de disco, se você é um cardiopata, um hipertenso, a dose de exercício, seja ela aeróbica ou musculação, tem de ser adaptada por um professor de educação física ou um personal trainer.

Abrampas DF: E Doutor, durante a prática de exercícios, quais os sintomas podem indicar um problema cardíaco?

Os principais sintomas que podem indicar um sofrimento do coração é a dor no tórax, a dor precordial (angina do peito), na região anterior do tórax e a falta de ar, dispneia é o termo técnico. Estes dois sintomas e também uma dor de cabeça intensa podem significar, por exemplo, ruptura de um aneurisma, de um vaso sanguíneo na cabeça. Eu diria que a dor de cabeça, a dor no peito e a falta de ar são os três principais sintomas.

 

Abrampas DF: Continuando, Doutor, um tópico bem interessante, a criança também tem que cuidar do coração?

Sim, os problemas cardíacos da infância são diferentes dos problemas dos adultos. Os adultos, principalmente acima dos 40 anos, possuem mais obstrução das artérias coronárias, hipertensão arterial e arritmias. A criança, normalmente, não possui problemas cardíacos, mas existem algumas doenças, as vezes de origem familiar, de origem hereditária, como sopros cardíacos e arritmias que a criança pode ter. Então é interessante que ela passe pelo pediatra e se for constatado um sopro cardíaco, um batimento acelerado ou lento, alguma arritmia, o médico vai encaminhá-la para o cardiologista. Teoricamente, toda criança, antes de fazer um exercício físico, principalmente se for mais intenso (aquelas crianças que estão acima de 14 anos e que vão fazer um esporte competitivo) devem sim passar por uma avaliação física e talvez até cardiológica, e a depender do caso, por uma avaliação clínica do clínico geral.

Abrampas DF: Vamos agora passar para uma questão bem atual. Utilizar medicamentos que aceleram o metabolismo, os famosos termogênicos, podem trazer quais consequências para o coração?

Os termogênicos possuem substâncias que vão atuar nos receptores do coração e estes receptores podem causar arritmia (Nota: os receptores ao serem estimulados podem ser a causa das arritmias). Então, principalmente os termogênicos podem elevar a pressão arterial e causar a aceleração, o aumento dos batimentos cardíacos e uma arritmia clinicamente identificada. Existe risco sim, notadamente para aqueles que tem problemas cardíacos não conhecidos, que não fizeram check up ou que não foram ainda identificados. O ideal seria a prática do exercício físico sem os termogênicos ou, se forem utilizados, os exercícios deveriam ser realizados após um check up completo do coração.

 

Abrampas DF: Muito bem. Agora peço que esclareça uma dúvida que muitas pessoas possuem Doutor. Pessoas que já sofreram um infarto, podem realizar atividades físicas? E se puderem quais seriam?

É, a reabilitação cardíaca através de exercícios físicos é até recomendada após o infarto agudo. Só que não existe apenas um tipo de infarto único. Um infarto pode ser leve ou pode ser grave. Ele pode deixar uma cicatriz no coração, mas o coração continuar a trabalhar normalmente. Ou o paciente pode sair do infarto com o coração dilatado com insuficiência cardíaca. Portanto, ele deve ser avaliado e o grau de exercício deve ser dosado. Existem pacientes que talvez não devam fazer exercício físico, pois possuem um infarto grave e vão ficar incapacitados para o exercício físico. Mas a grande maioria, pode fazer o exercício adaptado à sua condição cardiológica e esse exercício físico é benéfico para o coração.

Abrampas DF: Em relação aos idosos, hipertensos, diabéticos ou pessoas com problemas cardiovasculares, quais os exercícios mais indicados? Pois sabemos que são problemas muito importantes nos dias de hoje.

Bem, vamos separar estas categorias de indivíduos. Os idosos saudáveis, aqueles que possuem hipertensão controlada, que não tiveram um infarto, com uma artrose leve, uma osteoporose menor ou com uma diabetes controlada, estes podem fazer exercícios de acordo com sua idade. Isso vai ser dosado pelo professor de educação física, pelo personal trainer. Eles devem fazer exercícios aeróbicos como a caminhada, a corrida em esteira, a musculação leve sem grande hipertrofia muscular, e tomando cuidado com as articulações. O Tai Chi Chuan, para melhorar a flexibilidade é outra boa recomendação e o pilates, que mexe muito com o tônus postural, com o equilíbrio e a respiração, seriam escolhas excelentes; Para os hipertensos, um fato curioso, existe a controvérsia de que podem fazer musculação ou não. A musculação não piora a hipertensão, desde que ela esteja corretamente controlada. Os hipertensos não devem fazer musculação de nível exaustivo, com cargas extremamente pesadas, porque possuem maior tendência a romper um possível aneurisma cerebral, que tenham sem saber, ou mesmo uma fragilidade arterial maior. Então os hipertensos podem realizar a musculação adequada para sua idade e seu perfil clínico, que é determinado pelo seu médico, prescritor deste grau de exercício, entre leve, moderada ou intensa. Intensa, friso, nunca vai ser; E os cardiopatas deverão ter seu quadro clínico avaliado. A recomendação é de exercício aeróbico e musculação leve. O exercício aeróbico precisa estar abaixo da frequência cardíaca máxima, como o médico cardiologista bem sabe. Ele precisar fazer o exercício abaixo da máxima para a idade e para não ocorrerem problemas mais sérios.

 

Abrampas DF: Uma pergunta rápida e atual. Uma pessoa obesa pode fazer exercícios que aceleram o coração?

Primeiro preciso explicar algo antes. Os exercícios aeróbicos sempre vão acelerar o coração. O objetivo é exatamente aumentar a frequência cardíaca, respiratória para enviar mais oxigênio aos músculos, aumentar o número de mitocôndrias na musculatura, que são as unidades que geram energia. Também fazer com que o músculo torne-se mais eficiente e a fibra muscular seja estimulada, hipertrofiada. A pessoa fica com músculos mais vigorosos. E o coração também é fundamental. A atividade aeróbica vai fazer o coração um órgão mais forte, com um maior bombeamento de sangue, maior volume sanguíneo a cada batimento. Ou seja, tornar-se mais condicionado. Você só consegue isso aumentando gradativamente a frequência cardíaca. No caso de uma pessoa obesa, ela vai precisar examinar sua parte articular. Não adianta fazer um exercício e lesar o joelho, o tornozelo ou até a coluna. Então é necessária uma avaliação ortopédica, do sistema músculo esquelético, e aí sim, o exercício poder ser bem gradual e também dosado para sua idade. Uma pessoa com 50 anos não vai fazer uma aceleração do batimento cardíaco igual ao de um indivíduo de 20 anos. Veja bem, no caso de uma pessoa obesa, é preciso dizer, o exercício aeróbico é uma ótima opção para perda de peso, mas é o único capaz de reduzir a massa gorda. Você quer aumentar a massa magra? a musculação aumenta. Massa gorda, aquele pneuzinho abdominal, só o aeróbico queima massa gordurosa e as calorias. E a dieta, evidentemente, com baixa ingestão calórica, para tornar o balanço energético negativo.

Abrampas DF: Para finalizar Doutor, A OMS (Organização Mundial da Saúde) tem falado muito da ameaça da diabetes, do aumento no número de indivíduos que adquirem a doença. Um problema diretamente relacionado com o coração e a prevenção das doenças cardiovasculares. O senhor pode nos dar sua opinião acerca dos motivos que levaram ao súbito aumento da enfermidade?

Eu posso lhe dizer que o diabetes que vem aumentado é o de tipo 2. Que indica obesidade, resistência insulínica e síndrome metabólica como seu principal perfil clínico. Alguns fatores levaram a este aumento. Primeiro, a longevidade. A diabetes ocorre mais frequentemente com o passar dos anos com o envelhecimento. Consequentemente, com o aumento da longevidade a diabetes tem uma prevalência maior. Também com a industrialização. Como exemplo, o crescente consumo na alimentação de açúcar e carboidratos refinados, aliado a níveis alarmantes de sedentarismo. A diabetes tem uma incidência de crescimento gradual com variação de 8% a 20%, dependendo da faixa etária, no mundo. As causas básicas são estas. Gostaria de deixar uma recomendação. Eu faço parte de um Instituto, o IBRAGE (Instituto Brasileiro de Geriatria Preventiva) que preconiza a medicina preventiva como uma ferramenta para a longevidade, considerando a característica genética de cada indivíduo. E existem algumas regras para isto, já bem estabelecidas para medicina. O exercício físico é um dos pilares do envelhecimento saudável. Os outros pilares são uma dieta adequada, do tipo mediterrânea, com baixo teor de carboidrato refinado, o álcool em pequena quantidade, a carne vermelha num consumo de até três vezes por semana. Você também precisa de sono adequado, a redução do estresse, o controle do peso, enfim, se você quer ter uma boa saúde ao longo do tempo, você precisa tomar medidas preventivas e conhecer, principalmente, o histórico médico da sua família. A genética em medicina, em termos de envelhecimento, que ocorre devido a doenças e ao desgaste orgânico, contribui com 50% para nossos problemas de saúde. Os outros 50% restantes são os chamados fatores ambientais, incluído poluição, a vida nas grandes cidades, a alimentação, a radiação, entre outros. Gostaria de deixar como recomendação final uma mensagem muito importante: converse com seu médico, faça frequentemente check up acima dos 30 anos e busque sempre ter hábitos de vida saudáveis.

DIABETES: HISTÓRICO GENÉTICO, FAMILIAR E ALIMENTAÇÃO ELEVAM O RISCO DA DOENÇA

É bastante comum indivíduos que acabam de descobrir que adquiriram diabetes possuírem dois questionamentos: “como peguei? e, será que meus filhos também poderão ter a doença?”. O fato é que o diabetes tem características muito específicas o que ajuda tanto no tratamento quanto no diagnóstico.

Uma pesquisa divulgada em maio de 2012 pelo Ministério da Saúde durante o Fórum Pan-Americano de ação contra as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), realizada em Brasília, indicou que a doença acomete mais as mulheres do que homens. E mais, Vitória, Espírito Santo, é a segunda capital do país com maior percentual de diabéticos (7,1%). O primeiro lugar é Fortaleza, Ceará, com (7,3%). O fato é que a doença está crescendo no Brasil. E a Medicina Genética? Como pode ajudar os pacientes a descobrirem a doença mais cedo? O que pode e deveria ser feito?

Segundo o médico geneticista do LIG Diagnósticos Especializados, Filippo Vairo, existem vários tipos de diabetes. Entretanto, os mais comuns são o tipo 1 (ou insulinodependente) e o tipo 2 (ou independentes de insulina). As causas para cada um deles são diferentes, mas há fatores genéticos importantes em ambos.

Um exemplo concreto disso seriam os irmãos gêmeos idênticos. Quando um gêmeo tem diabetes tipo 1, o outro apresenta a doença quase na metade das vezes. Quando um Gêmeo tem diabetes 2, o risco do outro indivíduo é em torno de 75%. O que nos lembra que não só o aspecto genético é importante, mas também os hábitos benéficos de uma vida saudável e a boa alimentação que, por exemplo, podem levar ao desenvolvimento de diabetes.

SAIBA MAIS SOBRE DIABETES TIPO 1

Na vasta maioria dos casos de diabetes tipo 1, as pessoas precisam herdar os fatores genéticos dos pais. Como a maioria das pessoas com predisposição ao diabetes não apresentam a doença, pesquisadores querem descobrir a real influência do meio ambiente para o aparecimento da enfermidade.

O diabetes tipo 1 desenvolve-se com mais frequência no inverno e é mais comum em lugares de clima frio, o que leva aos pesquisadores estudarem alguns vírus que possam desencadear o diabetes. Talvez um vírus com efeitos moderados, na maioria dos indivíduos, pode vir a ativar o diabetes tipo 1 em outros.

Estudos de associação revelaram que pessoas que foram amamentadas por mais tempo e demoraram mais para ter acesso a alimentos sólidos apresentam menos chances de desenvolver diabetes tipo 1.

Em vários indivíduos, o desenvolvimento do diabetes tipo 1 pode demorar a apontar seus sintomas e ficar “dormente” por muitos anos. Em experimentos que seguiram, parentes de diabéticos tipo 1, pesquisadores descobriram que a maioria dos que tiveram diabetes em idade mais avançada, possuíam notadamente auto-anticorpos no sangue, muitos anos antes (auto-anticorpos são anticorpos ‘’que deram errado’’, os quais atacam tecidos do corpo).

 

SAIBA MAIS SOBRE DIABETES TIPO 2

O diabetes tipo 2 possui bases genéticas mais fortes que o tipo 1, mais ainda assim depende muito mais de fatores ambientais. O que acontece, é que o histórico familiar da diabetes tipo 2 é um dos mais importantes fatores de risco para se adquirir a doença.

 A dieta dos americanos e europeus tem como como base uma alimentação com gordura, com pouquíssimo carboidrato e fibra, além do fato de praticarem poucos exercícios. O diabetes tipo 2 é muito comum em pessoas com esses hábitos. Nos Estados Unidos, os grupos étnicos com maior risco de adquirir a doença são os afro-americanos, mexicanos e os indígenas. Outro fator de risco para adquirir diabetes tipo 2 é a obesidade, que por si só apresenta fatores genéticos envolvidos.

O diabetes gestacional é mais um enigma. Mulheres que adquirem diabetes tipo 2 durante a gravidez são um exemplo palpável de que existe um histórico familiar de diabetes na família, especialmente pelo lado materno. Mas, como em outras formas de diabetes, fatores não genéticos indicam certa influência no desenvolvimento da doença. Mães de idade mais avançada e mulheres acima do peso têm mais propensão a adquirir diabetes gestacional.

DIABETES TIPO 1: O RISCO PARA SEU FILHO

Em geral, se você é um homem com diabetes tipo 1, o risco de seu filho apresentar diabetes é de 1 (um) dentre 17 possibilidades. Se você é uma mulher com diabetes tipo 1 e seu filho nasceu antes de você ter 25 anos, o risco de ele desenvolver diabetes é 1 em 25; se seu filho nasceu após você completar 25 anos, o risco dele é de 1 em 100.

O risco de seu filho é o dobro, caso ele tenha desenvolvido diabetes antes dos 11 anos. Se você e seu marido têm diabetes tipo 1, o risco fica entre 1 em 10 e 1 em 4.

Existe um teste que pode ser feito para crianças que possuem irmãos com diabetes tipo 1. O teste mede anticorpos para células no pâncreas, responsáveis pela produção de insulina, ou para uma enzima chamada Ácido glutâmico descarboxilase. Altos níveis desta enzima podem indicar que uma criança apresenta risco elevado de desenvolver diabetes tipo 1.

 

DIABETES TIPO 2: O RISCO PARA SEU FILHO

Diabetes tipo 2, geralmente, ocorre em vários membros da família. Em parte, essa tendência se confirma porque as crianças tendem a aprender maus hábitos de seus pais, como por exemplo, comer muita gordura e não se exercitar. Algo cada vez mais comum nos dias de hoje.

Para se ter uma boa ideia do diagnóstico da diabetes, se você tem diabetes tipo 2, o risco de seu filho adquirir diabetes é 1 em 7, se você foi diagnosticado antes dos 50 anos, e 1 em 13 se você foi diagnosticado depois dos 50 anos.

Cientistas acreditam que o risco de uma criança adquirir diabetes é maior quando é a mãe que tem diabetes tipo 2. No caso de ambos apresentarem a doença, uma mulher e seu companheiro com diabetes tipo 2, o risco de seu filho ter diabetes é cerca de 1 em 2).

O QUE SIGNIFICA A FRASE ‘’EM RISCO?’’

Estimativas de risco são as melhores suposições dos cientistas. Porém, é bom ressaltar que as estimativas de risco lidam com probabilidades, não com certezas.

Isso significa, que você pode apresentar a doença apesar de ter um risco baixo ou você pode não apresentar a doença apesar de ter um risco alto. Por exemplo, fumantes têm um alto risco de câncer no pulmão, mas alguns fumantes podem nunca desenvolvê-lo.

Esses fatores significam que seus filhos podem ter diabetes ainda que o risco deles desenvolverem a doença seja pequeno. A média entre americanos com chance de ter diabetes tipo 1 é de 1 em 100 e 1 em 9, no caso da diabetes tipo 2. Mesmo que o risco de seu filho não seja maior que de outra criança, ele ou ela poderá assim mesmo ter a doença. A diabetes não é uma doença tão simples de se compreender quanto parece, por isso a prevenção é de suma importância para o seu não desenvolvimento e consequente efeito devastador sobre as pessoas.

Fonte: American Diabetes Association (ADA)

OMS Organização Mundial da Saúde

CURIOSIDADES SOBRE A DIABETES

No 14 de novembro, é comemorado o Dia Mundial do Diabetes. A data foi definida pela Federação Internacional de Diabetes (IDF), entidade vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), e introduzida no calendário em 1991, como resposta ao alarmante crescimento da doença no mundo todo.

Em 2007, a Assembleia-Geral da ONU aprovou a Resolução nº 61/225, considerando o diabetes um problema de saúde pública e conclamando os países a divulgarem esse dia como forma de alerta. Para os governos dos países ao redor do Globo foram solicitadas definições, políticas e um vasto suporte para os portadores da doença.

Por coincidência, também em 2007, entrou em vigor, no Brasil, a Lei nº 11.347/2006, de autoria do ex-senador José Eduardo Dutra, que dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos e materiais necessários à sua aplicação, para o tratamento de portadores de diabetes. Isto reforça a garantia constitucional do Sistema Único de Saúde (SUS) para um atendimento universal e equânime de cada cidadão brasileiro.

 Fonte: Site Portal da Saúde / Governo Federal

RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS PARA O CONTROLE DO ÁCIDO ÚRICO

O que é ÁCIDO ÚRICO?

O ácido úrico está entre as substâncias naturalmente produzidas pelo organismo. Ele surge como resultado da quebra das moléculas de purina - proteína contida em muitos alimentos – por ação de uma enzima chamada xantina oxidase. Depois de utilizadas, as purinas são degradadas e transformadas em ácido úrico. Parte dele permanece no sangue e o restante é eliminado pelos rins.

Os níveis de ácido úrico no sangue podem subir 1) porque sua produção aumentou muito, 2) porque a pessoa está eliminando pouco pela urina, 3) por interferência do uso de certos medicamentos.

Como consequência dessa taxa de ácido úrico elevada (hiperuricemia), formam-se pequenos cristais de urato de sódio semelhantes a agulhinhas, que se depositam em vários locais do corpo, de preferência nas articulações, mas também nos rins, sob a pele ou em qualquer outra região do corpo.

 

Estudos recentes realizados no Instituto do Coração de São Paulo mostram que níveis elevados de ácido úrico no sangue aumentam o risco de desenvolver acidentes cardiovasculares.

 

Fonte: Site do Dr. Drauzio Varella Publicado em 18/04/2011

Revisado em 22/11/2016

ALIMENTOS QUE DEVEM SER CORTADOS:

·       Miúdos em geral (miolo, fígado, rins, coração, moela);

·       Alguns alimentos do mar, como sardinha, mexilhão, anchova, bacalhau, salmão, truta, atum, arenque, camarão, lagosta, ostra, caranguejo;

·       Algumas aves, como ganso, peru, galinha, galeto;

·       Carne de porco, embutidos, toucinho defumado, bacon;

·       Caldo de carne e molhos prontos;

·       Feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha, trigo;

·       Frutas oleaginosas, como coco, nozes, castanha, amêndoa, amendoim, pistache, avelã;

·       Presunto, banha, extrato de tomate, chocolate, pão de centeio;

·       Alho-poró, aspargo, brócolis, cogumelo, espinafre;

·       Cereja, nêspera e abacaxi;

·       Todos os grãos e sementes.

ALIMENTOS COM CONSUMO MODERADO:

·       Carnes magras (patinho, coxão duro);

·       Peito de frango, filé de peixe (pescada branca);

Atenção: Procurar não ultrapassar duas pequenas porções destas carnes por dia!

ALIMENTOS PERMITIDOS:

·       Leite e iogurte desnatados, queijos brancos;

·       Ovos;

·       Vegetais e hortaliças, como alho, abóbora, feijão verde, agrião, couve, alface, cenoura, lima, nabo (exceto os listados na relação de alimentos proibidos);

·       Pães brancos e biscoitos de água e sal;

·       Frutas em geral, como laranja, maçã, pera, morango, melancia e tangerina;

·       Massas e arroz;

·       Batata;

·       Óleos Vegetais (girassol, canola) em quantidade moderada.

 RECOMENDAÇÕES:

·       Utilizar preparações com carnes cozidas desprezando a água do cozimento;

·       Carnes assadas não devem ser tostadas;

·       Não utilizar preparações de alimentos ricos em gorduras;

·       Não ingerir bebidas alcoólicas;

·       Ingerir 2 a 3 litros de água por dia.

Referência: SILVA, AS. Recomendações nutricionais para ácido úrico elevado 2007.

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